Poucas bandas despertam tanta relação de amor e ódio como o Sepultura, pois sempre ira existir aquelas velhas discussões que não levam a nada como: O sepultura morreu depois do Roots, a formação original era melhor, ou deviam mudar de nome, enfim como foi dito nada disso, leva a lugar nenhum, pois a banda continuou e lança trabalhos relevantes, e ao vivo são imbatíveis.
E o que faz a banda ser tão forte ao vivo é o numero relevante de trabalhos que realmente marcaram a cena mundial e sem duvida da para colocar em um top five da banda Beneath The Remains, aqui a transição foi completa os tempos do Death/Black ficaram para trás dando espaço para um Thrash Metal trabalhado pesado e muito furiosos.
Alguns nomes (além da banda é claro) são importantes para que esse trabalho o produtor Scott Burns, estava iniciando sua jornada no Metal extremo e por entrevistas da época é perceptível que ele fez um grande esforço para tirar o máximo da banda, tanto é que a gravadora Roadrunner também abraçou a banda fazendo eles excursionarem pela Europa,cravando o seu nome na cena Mundial e foi nessa turnê que ocorreu a treta com o Sodom, mas isso é assunto para outro momento, vamos agora focar no álbum em si:
Uma bela intro, na verdade a mais bonita da banda até hoje abre o trabalho dando espaço para a esporrenta faixa titulo, em poucos minutos o sepultura já provava ser uma banda mais técnica do que sempre foi, sendo a bateria dessa música esta mais para ser esmurrada do que realmente tocada de tanto peso que Igor despejou no seu kit.
Nonconformity in my inner self, Only I guide my inner self provavelmente você leu essas duas frase e lhe veio a voz do Max na cabeça pois é, outro hino do Thrash, note como Andreas inseriu suas influências no som da banda e esse foi o primeiro vídeo clipe que o Sepultura gravou:
Um dos momentos mais rápidos de toca discografia do Sepultura vem em Stronger Than Hate, até hoje não sei porque essa musica ficou meio lado b já que temos um coral de respeito no refrão da música Kelly Shaefer (Atheist), John Tardy (Obituary), Scott Latour e Francis Howard (Incubus), parece que a banda não estava contente em registras ao menos dois clássicos nesse álbum então temos Mass Hypnosis, não precisa dizer muito só assista esse vídeo ai embaixo.
Sarcastic Existence é uma aula de bateria e vem em uma crescente muito interessante, Slaves Of Pain vem de uma gravação antiga de Andreas, por isso mesmo que ele puxa a música com um feeling impressionante o trio final do trabalho pode não ser tão conhecido para aqueles que não acompanham a banda mas sem duvida Lobotomy, Hungry, e Primitive Future (que tinha a missão de abrir os shows da turnê) são melhores que muitos cds inteiros de varias banda por ai.
No relançamento de 1997, foram incluídas mais três faixas, sendo elas versões instrumentais de “Mass Hypnosis” e “Inner Self) e um cover estranho de Os Mutantes, “A Hora e a Vez do Cabelo Nascer.
Até hoje muita gente questiona o que o Sepultura fez para chegar ao nível de sucesso mundial que chegou, pois bem Beneath the Remains, é a prova viva que teve um tempo que um dos maiores nomes do Thrash Mundial saiu de Minas.
Track List
01. Beneath the Remains
02. Inner Self
03. Stronger Than Hate
04. Mass Hypnosis
05. Sarcastic Existence
06. Slaves of Pain
07. Lobotomy
08. Hungry
09. Primitive Future
10. A Hora e a Vez do Cabelo Nascer (cover dos Mutantes)
11. Inner Self (Drums track)
12. Mass Hypnosis (Drums track)
Formação na época
Max Cavalera (Vocal / Guitarra Rítmica)
Andreas Kisser (Guitarra Solo)
Paulo Jr. (Baixo)
Igor Cavalera (Bateria)