Entrevista #17: A Red Nightmare

O Underground Extremo  entrevistou a banda  "A Red Nightmare”, natural do Pará; A banda é destaque quando se fala em Death/Modern Metal. Apesar de ter sido formada em 2010, uma banda relativamente recente, é um grupo com bastante estrada e foco, tendo passado por situações únicas, como por exemplo a produção de Adair Daufembach (assunto abordado no meio da entrevista). No mais, confira... está matador!

 
1. Conte, nos primórdios da banda, quais foram as principais dificuldades do começo da horda? E a sonoridade, sempre seguiu esse caminho de um Death metal mais técnico e moderno?

R – A banda começou com outra formação e uma sonoridade bem diferente do que se escuta no álbum, mas aos poucos o som foi evoluindo e criando cada vez mais densidade e peso.   A cada novo integrante foi possível perceber uma proximidade maior com o som mais agressivo, mas sem perder a técnica. O fato de ser uma sonoridade pouco comum tem ajudado a banda a ganhar destaque, e creio que isso seja uma boa coisa.

2. Modern metal, é um rótulo que faz jus a sonoridade da banda, porém sem aviso prévio pode remeter ao new metal. Esses gêneros que são colocados na sonoridade das bandas, na visão de vocês, é algo benéfico ou prejudicial?

R- Definitivamente não ha nada de new metal no nosso som. Essa questão toda de rótulos é complicada, principalmente para uma banda como a nossa que não procura estar contida em apenas um estilo ou sotaque dentro do metal. Creio que Death/Modern metal seja algo mais aproximado do que fazemos, devido a forte influencia do death metal tradicional, porém com elementos modernos e linguagem mais diversificada. No final das contas o melhor a fazer é escutar o som e formar a própria opinião.

3.No decorrer do tempo a banda sofreu algumas alterações em seu line up. Qual é a formação atual da banda, estarão agindo como um quarteto? E, o quanto essas mudanças de postos afetam o trabalho da horda em si?

R – Passamos por uma larga reformulação nos últimos tempos. Tínhamos agido como quarteto por um período e fizemos ótimos shows nesse formato, mas o trabalho de duetos de guitarra faz falta no arranjo geral e por esse motivo o Marcos (Saraiva) saiu do baixo para assumir as guitarras, e chamamos nosso brother e ex membro João Felipe para assumir o contrabaixo.



4.Focando agora no primeiro cd full, o homônimo A Red Nightmare, a capa feita por Sazes é de um primor único. Como foi feito o contato com o artista? E, as mensagens na capa foram idealizadas pelo artista ou pela banda?

R – Gustavo é um artista incrível, ele fez um briefing rápido por e-mail com a gente, e após ler as letras das músicas nos entregou essa arte maravilhosa. Realmente é fora de série.

5.  A produção de Adair é sempre um comprovante de qualidade. Conte o quanto ele foi importante na produção da sonoridade encontrada no cd?

R – Na verdade ocorreu um erro na grafia do álbum. O disco foi produzido por nós mesmos em Belém e contou com a mix e master do grande Adair Daufembach. Ele fez um trabalho impecável, levando a sonoridade do que tínhamos gravado para um nível que sinceramente não esperávamos. Foi surpreendente.

6.De onde surgiu a ideia de dividir a  faixa  “A Red Nightmare” em três partes? E ao vivo, vocês costumam executar a mesma na sequência?

R – Tínhamos a ideia de expandir o conceito do nome da banda em uma narrativa,isso acabou por gerar as 3 músicas finais do Álbum. Foi um processo extremamente desafiador, mas muito estimulante também. Definitivamente desafiamos nossos limites com essas músicas e esperamos seguir fazendo isso. Quando temos mais tempo de show costumamos tocar a trilogia na íntegra sim.

7. Toda a recepção extremamente positiva do primeiro cd causa alguma pressão para o segundo trabalho? Temos alguma previsão para conhecermos esse trabalho?

R – Com a nova formação virá uma sonoridade renovada, não queremos ficar presos ao primeiro álbum. Temos muito orgulho de ter feito e realizado muitas coisas com ele, mas o que vem a seguir será um reflexo da musicalidade e expressão de todos os integrantes. É a melhor forma de trabalhar para produzir algo que soe honesto.

8. De maneira até que tardia o metal do norte do pais vem sendo reconhecido. Como está a cena ai na região por parte do publico e casas de show,? E quais bandas do cenário local vocês podem nos recomendar

R – A cena metal aqui no Norte é extremamente rica, bandas de estilos variados e com muita qualidade. Temos bandas incríveis, como Anubis, Disgrace and Terror, Warpath, Visceral Slaughter, Scream of Death, Broken & Boned, FSM, Sádico Infesto, Behatred, Baixo Calão, Delinquentes, Infection, Evil Syndicate, Incinerador, Brutal Death, Mitra, DNA, Wael Daou e muitos outros, sempre com muita rotatividade de shows.


9. Ainda não tive a chance de ver a horda ao vivo, então como vocês descrevem um show da A Red Nightmare?

R – É uma experiência e tanto. Banda e público são uma coisa só, e a energia é sempre 100% investida.

10. Nós do Underground Extremo  agradecemos o tempo e a entrevista que vocês nos concederam. Gostaria de deixar algum recado para os leitores do U.E?

R – Em nome da Red Nightmare quero agradecer imensamente o espaço e a oportunidade! Esperamos poder tocar por SC em breve e trocar essas ideias pessoalmente. STAY RED!