Resenha #30: "Regress" (2015) - Orkane

Transitando entre as correntes do Thrash Metal

Foi em algum festival 'underground' que acabei sendo apresentado a Orkane, e logo de cara o peso que a banda apresentou e principalmente pelo fato de fazer a maioria do 'set' de músicas autorais, me despertou o interesse no som dos caras, e foi assim que tive contato com “Regress” o trabalho de estréia do quarteto formado em 2015, em Tubarão/SC, que é composto por Ramon Motta (guitarra e vocal), Thiago Bitencourt (guitarra), Odione Schilickmann (baixo) e Artur Zamberlan (bateria).


Quando uma banda cita medalhões na suas influências, sempre temos o medo de que estaremos em frente a algum trabalho sem personalidade, um simples pastiche do que já foi feito, porém, aqui é diferente. Claro que a banda bebe de fontes como Metallica, Testament, Megadeth, entre outros, porém, o que a diferencia é o toque de modernidade na sonoridade, criando assim um som muito agradável de se ouvir, com personalidade e muito peso e os fãs que me perdoem, mas prefiro ouvir uma banda que tem na sua essência o bom 'Thrash' do que pavorosas sonoridades de estilos moderninhos e de bandas de 'pseudo' Metal.

Don’t Be a Fake Fighter Like Me é um ótimo cartão de visitas para quem não conhece a banda, pois consegue sintetizar a velocidade e o' groove', o trabalho do vocal de Ramon consegue fazer uma boa transição entre os momentos mais agressivos ou limpos, mas de acordo com o que a sonoridade está pedindo. Sicky World comprova isso, citado anteriormente em relação ao vocal, e o dedilhado na ponte da música forma um arranjo inteligente.


3 A.M é uma das minhas favoritas, não só pela letra como pela música em si, ela se destaca ao lado de Nuclear War, pois irão remeter o melhor feito no estilo na década de 80 e 90, sendo que, ainda tem espaço para as fudidas Amuse Devil e Pissed Off que mantém a adrenalina ao longo de toda a audição, criando um trabalho que transita entre estilos do 'Heavy' ao 'Thrash' sendo a melhor definição como música pesada.

Santa Catarina sempre teve um nome de respeito na cena do metal extremo nacional e essa renovação que vem surgindo é fruta de bandas como Somberland, AlkanzAOlder Jack, Orkane, Hellio Costa, entre tantas outras, e isso só nos deixa tranquilos no que refere-se à metal nacional .

TRACKLIST:
1) Don't Be A Fake Fighter Like Me
2) Sickly World
3) 3 a.m
4) Nuclear War
5) Because You're Blind
6) Amuse Devil
7) Hopeless
8) Corruption
9) We Need To Show All The Truth
10) Pissed Off

FORMAÇÃO:
Ramon Motta - guitarra e vocal;
Thiago Bitencourt - guitarra;
Odione Schilickmann - baixo;
Artur Zamberlan - bateria.


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Revisado e editado por Carina Langa.